Não há dúvidas de que a última pesquisa de
intenção de votos do Instituto Datafolha causou rebuliço dentro do Partido
Socialista Brasil, o PSB. A sigla vê nos até 10 pontos percentuais que obteve o
ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Joaquim Barbosa uma oportunidade
de ouro de ampliar o tamanho no Congresso Nacional.
A dificuldade central agora é convencer
Barbosa a se candidatar. Nesta quinta, 19, em Brasília, ele se reuniu com a
cúpula do partido para uma aproximação maior entre as partes. Após o encontro,
disse não saber ainda se será candidato e alegou questões pessoais como o
principal entrave para a dúvida se disputará ou não o principal cargo da
República.
– Ainda não convenci a mim mesmo de que devo
ser candidato. Então, persiste esta dúvida muito grande da minha parte. São
dúvidas pessoais. Isto afeta a minha vida, da família, de várias pessoas do seu
entorno. São essas as dificuldades. Isto não mudou. A minha família não é a
favor.
Barbosa disse que não tem data para definir
se concorrerá e lembra que ainda há bastante tempo para a decisão.
– As convenções ainda são lá para agosto, fim
do prazo das convenções. O partido pode, inclusive, optar por escolher um outro
nome dentre os seus filiados.
Fase do
conhecimento
Mesmo com os afagos de lideranças do partido,
Joaquim Barbosa sabe que sofre com uma certa desconfiança por parte de
correligionários.
– Estamos em fase de conhecimento de pessoas.
A presidente do diretório baiano do PSB,
senadora Lídice da Mata, ponderou:
– É preciso haver uma integração entre a
personalidade dele, que é tão grande e pontua nas pesquisas, e as ideias do
partido.
Pimenta nos
ignorantes
Sobre o pedido de abertura de procedimento do
Ministério Público Federal contra a senadora Gleisi Hoffmann por ter dado
entrevista sobre a prisão de Lula à emissora árabe Al Jazeera, o deputado
federal Paulo Pimenta (PT) disse:
– O fato de uma entrevista para a maior
emissora do mundo árabe, no mesmo conteúdo das demais entrevistas que foram
dadas, causar uma polêmica como essa, no nosso ponto de vista, revela, além de
uma profunda ignorância, uma elevada dose de preconceito e de xenofobia por
parte da senadora Ana Amélia.
Se foi Al Jazeera ou Al-Qaeda, não importa
para o deputado federal Major Olímpio (PSL), que gerou um climão de 1968, ao
‘denunciar’ o caso à Procuradora Geral da República.[
atarde/tempopresente]