Na contramão
de lideranças de seu partido, o senador tucano Aloysio Nunes, vice na chapa de
Aécio Neves em 2014, defende cautela sobre o pedido de impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Ao colunista
Bernardo Mello Franco, ele diz não ver base para isso e afirma ver pouco em
comum entre a presidente e Fernando Collor, afastado em 1992. "Dilma tem respeitabilidade pessoal, tem um partido e tem o apoio de movimentos
sociais." Segundo ele,
um pedido de impeachment pode jogar o país num ambiente de instabilidade.
"Esses processos demoram, geram tensionamento. Pode haver um desdobramento
dramático", alerta. "O clima de radicalização é preocupante. O Lula
vai tentar mobilizar esse pessoal, e a Dilma dá a impressão de que não vai se
render facilmente. Ela vai brigar, vai lutar pelo mandato."
Aloysio diz
ainda que a oposição deve refletir sobre as consequências de um afastamento da
presidente. "Muita gente no PMDB está excitada com a hipótese de a Dilma
sofrer impeachment e o Temer assumir", ironiza. "Talvez seja o ideal
para o Lula. A gente entra no governo, e ele fica livre para fazer oposição e
sair candidato em 2018" |brasil247
