A presidente Dilma Rousseff afirmou a um canal de TV da Rússia que vai concluir o mandato até o fim e
que trabalha "duro" para o país sair da crise econômica.
"Dilma
Rousseff vai acabar essa legislatura. Em qualquer país do mundo você tem quedas
de popularidade. A minha decorre de uma situação econômica bastante
adversa", disse a presidente ao ser perguntada se terminará o mandato,
diante da queda na popularidade e da eleição presidencial apertada em 2014.
"E
o que importa é, sem sombra de dúvida, que nós estamos trabalhando duro para
tirar o Brasil dessa situação de crise. E isso é o que nós vamos ter como nosso
foco principal." Ao citar que a inflação passa por uma alta "momentânea"
e que o endividamento do país em relação ao PIB é menor do que o de países
europeus, a presidente defendeu que a economia brasileira tem "bases
sólidas" e um sistema bancário "absolutamente robusto".
"Não
há razão para que o Brasil não volte a crescer." Questionada sobre a
possibilidade de a situação econômica dos países que integram o Brics afetarem
seus aportes ao grupo, Dilma respondeu que a situação de países como Brasil,
China e Rússia é passageira.
A
presidente participou nesta semana de reunião de cúpula dos Brics na Rússia, em
que defendeu o papel desses países diante da crise e apresentou oportunidades
de investimento em obras de infraestrutura no Brasil.
Provocada
durante a entrevista na Rússia, negou que a crise prejudique as obras relacionadas
ao Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
"Todas
estão completamente em dia. Não há a menor hipótese de serem afetadas por
isso."
Dilma
posicionou-se ainda contra sanções de qualquer espécie a países, quando
perguntada sobre as que recaem sobre a Rússia por conta do conflito na Ucrânia.
Segundo a presidente, o tema foi abordado durante a reunião de cúpula, ocasião
em que se posicionou contra. "Nós não acreditamos que a sanção seja uma
solução, em qualquer hipótese." |exame