Por
essa o presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato do PDT ao governo
da Bahia, Marcelo Nilo, não esperava. Além da dificuldade para viabilizar uma candidatura própria e até
mesmo para brigar com o PP por uma vaga de vicena chapa majoritária liderada pelo secretário da
Casa Civil, Rui Costa (PT), eis que o deputado arranjou mais uma pedra no
sapato. O partido e o governador Jaques Wagner (PT) – que escolheu o seu vice Otto Alencar (PSD) como postulante ao
Senado na chapa – simplesmente esqueceram de perguntar ao senador João Durval Carneiro
se ele, como titular da vaga, gostaria de disputar a reeleição, como tem
direito. A resposta, por mais surpreendente que pareça, é "talvez".
Não porque, aos 84 anos, teria receio de enfrentar mais oito no Congresso
Nacional, mas sim porque se articula internamente para tentar o posto máximo do
Estado. Quadragésimo governador da Bahia, entre 15 de março de 1983 e 15
de março de 1987, o parlamentar já avisou ao presidente nacional do partido,
Carlos Lupi, que quer voltar ao Palácio de Ondina. "Avalio ser candidato a
governador ou disputar a reeleição", sentenciou o senador. "É
verdade. Ele [João Durval] está com isso na cabeça. O senador exige no mínimo a
vaga para a reeleição", admitiu o deputado federal Félix Mendonça Júnior, recém-eleito comandante estadual pedetista. Ele, pelo
menos, não terá mais um concorrente na maratona para renovar o mandato.
"Deputado federal, não. Meu candidato é Zé Chico", pontuou Durval, em
relação à tentativa do seu atual segundo suplente em repetir o seu êxito na
Câmara, onde conquistou dois mandatos consecutivos, entre 1975 e 1983.(bn)
