
Uma de suas personagens mais marcantes foi Maria de Fátima, na trama “Vale Tudo (1988)”, de Gilberto Braga, na qual dividiu a cena com a atriz Beatriz Segall, a famosa vilã Odete Roitman. Na época, com apenas 25 anos, Gloria ganhou o “Troféu Imprensa”. Casada, mãe de três filhos, a atriz de divide perfeitamente entre os papéis de atriz global e chefe de família.
Dois casamentos
Em 1979, durante as gravações da novela “A Cabloca”, Gloria conheceu o cantor e ator Fábio Júnior e a paixão foi imediata. Casou-se com ele um ano depois e da união nasceu Cleo Pires, que também é atriz. Mas o casamento só durou quatro anos. Em 1987, Gloria se casou de novo, com o músico Orlando Moraes, e com ele teve três filhos: Antônia (1992), Ana (2000) e Bento (2004).
Em 2009, a atriz vai lançar sua biografia, "40 Anos de Glória", escrita por Eduardo Nassife e Fábio Fabrício Fabretti. O livro terá depoimentos de amigos e companheiros de profissão da atriz, como Gilberto Braga, Daniel Filho e Chico Anysio.
Período conturbado
Em 1998, Gloria viu sua vida virar de ponta cabeça ao se deparar com boatos de que seu marido, Orlando estaria tendo um caso com Cleo, na época com 15 anos.
“Foi uma dor muito grande, uma revolta, uma sensação de estarmos no poço, sem horizonte nenhum. Nos magoou uma coisa tão absurda ganhar uma força tão grande”, disse a atriz.
A confusão foi tão grande que a atriz decidiu se mudar com toda a família para Los Angeles, em busca de paz e privacidade, até que a situação se acalmasse. Em 2007, Pires resolveu morar fora do país mais uma vez e foi viver em Paris com o marido e os filhos.
Sucesso no cinema
Especialista em novelas, Gloria também traçou carreira brilhante no cinema. Seu primeiro filme veio em 1982: “Índia, a Filha do Sol”, de Fábio Barreto. Dois anos depois, ela estrelaria “Memórias do Cárcere”, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. Em 1995, a atriz encabeçou o elenco do longa “O Quatrilho”, de Fábio Barreto e faturou dois troféus de melhor atriz por sua atuação: no Festival de Cinema de Havana e na premiação da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).
Mas o maior sucesso da carreira de Gloria nas telonas veio em 2006, com a comédia “Se Eu Fosse Você”, dirigida por Daniel Filho e com Tony Ramos no elenco. A recepção do público foi tão boa que a continuação do longa, em 2008, atingiu a marca de maior bilheteria do cinema nacional desde 1995.

Mãe de Lula na ficção
Em 2010, a atriz viverá outro grande papel no cinema. Será Lindu, mãe do presidente Luis Inácio Lula da Silva, no longa “Lula, o Filho do Brasil”, também de Fábio Barreto. Para viver a sofrida nordestina, Gloria chegou a se encontrar com a mãe do político do PT. O papel exige que ela surja mais velha nas telas e para isso ela usou peruca grisalha e teve os dentes amarelados artificialmente.
Fonte - revistaquem.glob.com