Em meio a um grupo quase totalmente formado por jovens, uma senhora chama a atenção. Com a camisa do II Encontro da Rede de Centros Digitais de Cidadania – CDC por cima do hábito branco, Irmã Terezinha de Sá Barreto veio ao Sesc-Piatã para trazer as experiências dela com a inclusão sociodigital em Quijingue, município com o segundo mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano da Bahia. “Nós somos um Centro sem fronteiras, recebemos espíritas, católicos, praticantes do candomblé sem nenhuma diferença. Nosso monitor, José Carlos, é evangélico e trabalha voluntariamente”, conta a freira da Congregação do Divino Mestre.
São mais de 800 participantes do chamado “encontrão”, vindos de todas as partes da Bahia para mostrar a pluralidade do programa de Cidadania Digital. Eles socializam conhecimentos e vivências que apenas quem está no contato diário com os mais de 600 mil usuários das quase mil unidades espalhadas por todo o estado pode ter. O reforço a ações como a inserção no mundo do trabalho e a atuação ativa dos CDC nas comunidades estão entre os principais objetivos.
A mesa de abertura foi composta pelo secretário Eduardo Ramos, representando o governador Jaques Wagner; o chefe de gabinete da Seplan, Edson Valadares; o representante dos gestores de CDCs, Coragio Dantas; o diretor da Fapesb, Roberto Lopes; o presidente regional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Alexandre Brust; o auditor Maurício Macedo, representando o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); o gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Juscelino Siqueira; e o superintendente de planejamento e informática da Fieb, Makoto Koshima.
A programação do evento conta com cursos diversos, como manutenção de computadores, alimentação saudável e artesanato. Além disso, as comunidades trouxeram apresentações com música, dança e teatro. Na abertura, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Ramos, destacou o papel do programa ao fazer a ponte entre aqueles que estão no isolamento social. “É fundamental que gestores e monitores percebam a força dos Centros Digitais, que são espaços queridos, usados e demandados pelas comunidades. Ele contribui para que as pessoas tenham liberdade, que é o bem maior da humanidade e vem da educação”, destacou.
O encontrão também tem como foco contribuir para que gestores e monitores tenham novos instrumentos para divulgar o trabalho que realizam. Para isso, cada um volta pra casa com um kit com cartazes, panfletos e chamadas de rádio que serão distribuídos para que novos usuários se agreguem a rede, que faz do Cidadania Digital a maior iniciativa pública estadual no combate à exclusão digital.
Outro ponto fundamental é permitir que novos talentos surjam para o setor de Tecnologia da Informação. Com uma média de salários iniciais acima de outros setores, entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, as empresas de TI empregam um milhão de pessoas no país e devem abrir 400 mil novas vagas diretas e 800 mil em áreas correlatas nos próximos três anos.
Os cursos de informática básica ministrados nos CDC são porta de entrada e o primeiro contato que muitos dos usuários têm com o computador. “Nosso CDC fica dentro da Escola Municipal Batista Penil, em uma comunidade que tem poucos recursos. A presença do Centro abriu novas fronteiras e despertou o interesse não só dos estudantes, mas também dos pais, que já têm uma média de idade mais alta e começam a perder o preconceito de que informática é apenas para os jovens”, relata a gestora Lígia Correia. A presença física da unidade também tem contribuído para o combate à violência.
E a linha de frente do cidadania digital se mostra ativa e participante, mesmo entre alguns novatos, como Jefferson Quadros, conselheiro e há um mês monitor do Centro de Bruno Bacelar, bairro popular de Vitória da Conquista, no sudoeste do Estado. “Nossa comunidade recebeu muito bem a unidade e já vemos entusiasmo nos estudantes e também nos pais, que mudaram o comportamento frente às novas tecnologias”, conta. O encontro teve também veteranos no Cidadania Digital, como Ivany Rocha, de Jiquiraçá, há quatro anos à frente do Centro. “A maior demanda da comunidade é por cursos, já que eles percebem a importância de estarem conectados com o mundo digital”, explica.
Qualquer cidadão pode utilizar os CDC. Para isso, basta ir até uma unidade e se cadastrar. Cada usuário pode ocupar um dos computadores 30 minutos por vez. Se não houver fila, ele pode continuar utilizando a estação. Monitores estão capacitados para atender os usuários, oferecendo suporte e prestando orientações básicas. São mais de 14 mil acessos gratuitos às ferramentas de informática por dia.
São mais de 800 participantes do chamado “encontrão”, vindos de todas as partes da Bahia para mostrar a pluralidade do programa de Cidadania Digital. Eles socializam conhecimentos e vivências que apenas quem está no contato diário com os mais de 600 mil usuários das quase mil unidades espalhadas por todo o estado pode ter. O reforço a ações como a inserção no mundo do trabalho e a atuação ativa dos CDC nas comunidades estão entre os principais objetivos.
A mesa de abertura foi composta pelo secretário Eduardo Ramos, representando o governador Jaques Wagner; o chefe de gabinete da Seplan, Edson Valadares; o representante dos gestores de CDCs, Coragio Dantas; o diretor da Fapesb, Roberto Lopes; o presidente regional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Alexandre Brust; o auditor Maurício Macedo, representando o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); o gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Juscelino Siqueira; e o superintendente de planejamento e informática da Fieb, Makoto Koshima.
A programação do evento conta com cursos diversos, como manutenção de computadores, alimentação saudável e artesanato. Além disso, as comunidades trouxeram apresentações com música, dança e teatro. Na abertura, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Ramos, destacou o papel do programa ao fazer a ponte entre aqueles que estão no isolamento social. “É fundamental que gestores e monitores percebam a força dos Centros Digitais, que são espaços queridos, usados e demandados pelas comunidades. Ele contribui para que as pessoas tenham liberdade, que é o bem maior da humanidade e vem da educação”, destacou.
O encontrão também tem como foco contribuir para que gestores e monitores tenham novos instrumentos para divulgar o trabalho que realizam. Para isso, cada um volta pra casa com um kit com cartazes, panfletos e chamadas de rádio que serão distribuídos para que novos usuários se agreguem a rede, que faz do Cidadania Digital a maior iniciativa pública estadual no combate à exclusão digital.
Outro ponto fundamental é permitir que novos talentos surjam para o setor de Tecnologia da Informação. Com uma média de salários iniciais acima de outros setores, entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, as empresas de TI empregam um milhão de pessoas no país e devem abrir 400 mil novas vagas diretas e 800 mil em áreas correlatas nos próximos três anos.
Os cursos de informática básica ministrados nos CDC são porta de entrada e o primeiro contato que muitos dos usuários têm com o computador. “Nosso CDC fica dentro da Escola Municipal Batista Penil, em uma comunidade que tem poucos recursos. A presença do Centro abriu novas fronteiras e despertou o interesse não só dos estudantes, mas também dos pais, que já têm uma média de idade mais alta e começam a perder o preconceito de que informática é apenas para os jovens”, relata a gestora Lígia Correia. A presença física da unidade também tem contribuído para o combate à violência.
E a linha de frente do cidadania digital se mostra ativa e participante, mesmo entre alguns novatos, como Jefferson Quadros, conselheiro e há um mês monitor do Centro de Bruno Bacelar, bairro popular de Vitória da Conquista, no sudoeste do Estado. “Nossa comunidade recebeu muito bem a unidade e já vemos entusiasmo nos estudantes e também nos pais, que mudaram o comportamento frente às novas tecnologias”, conta. O encontro teve também veteranos no Cidadania Digital, como Ivany Rocha, de Jiquiraçá, há quatro anos à frente do Centro. “A maior demanda da comunidade é por cursos, já que eles percebem a importância de estarem conectados com o mundo digital”, explica.
Qualquer cidadão pode utilizar os CDC. Para isso, basta ir até uma unidade e se cadastrar. Cada usuário pode ocupar um dos computadores 30 minutos por vez. Se não houver fila, ele pode continuar utilizando a estação. Monitores estão capacitados para atender os usuários, oferecendo suporte e prestando orientações básicas. São mais de 14 mil acessos gratuitos às ferramentas de informática por dia.