A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (28) que o preço da molécula de gás natural vendido às distribuidoras será reduzido em média 14% a partir de sexta-feira (1). A medida segue os contratos firmados entre a estatal e as distribuidoras, que preveem ajustes trimestrais com base nas variações do petróleo Brent e da taxa de câmbio.
Segundo a Petrobras, o recuo é reflexo direto da retração de 11%
na cotação do Brent e da valorização de 3,2% do real em relação ao dólar no
trimestre iniciado em agosto. Com isso, o valor da molécula de gás será
reajustado para baixo, impactando os contratos vigentes com as distribuidoras
em todo o país.
Redução
pode ser maior com incentivos - Além da queda de 14% anunciada, a
Petrobras informou que, por meio de mecanismos de incentivo criados em 2024 —
como prêmios por performance e estímulo à demanda —, é possível ampliar ainda
mais a redução do valor repassado às distribuidoras. A empresa destacou que os
efeitos desses incentivos variam de acordo com os contratos específicos de cada
distribuidora.
Desde dezembro de 2022, o preço da molécula acumula queda de
aproximadamente 32%. Com a aplicação integral dos prêmios por desempenho, essa
redução pode ultrapassar 33%, conforme informou a estatal.
Fatores que impactam o valor final ao
consumidor - A companhia reforçou, no entanto, que o preço
final pago pelo consumidor não depende exclusivamente da Petrobras. A tarifa ao
usuário inclui ainda os custos de transporte até as distribuidoras, o portfólio
de suprimento de cada empresa regional, margens de lucro das distribuidoras e,
no caso do GNV (Gás Natural Veicular), também dos postos revendedores. Os
tributos federais e estaduais também influenciam significativamente no valor
cobrado ao consumidor. Brasil247/ Foto reprodução/Internet
