Foto: Montagem / Bahia Notícias

A disputa política pela prefeitura de Alagoinhas, no Agreste do estado, não terá pelo menos as cores mais evidentes no cenário político baiano e brasileiro. No entanto, não deixará de ser mais uma vez um embate entre as forças de apoio ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o grupo representado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União). 

Ao contrário de outras cidades de grande porte, como Camaçari e Lauro de Freitas, onde o PT encabeça as chapas, em Alagoinhas o partido declinou do posto. Preferiu sugerir o vice, Luciano Sérgio, e passar o bastão para o até há pouco tempo secretário de Relações Institucionais do município Gustavo Carmo, de 48 anos, uma indicação do atual prefeito Joaquim Neto (PSD) que teve o aval do senador Otto Alencar, líder da agremiação que mais fez prefeituras nas duas últimas eleições municipais na Bahia.

 

A decisão do PT de não brigar pela cabeça de chapa teria vindo de pesquisas internas que apontavam maior competitividade para Gustavo Carmo em contraposição ao sindicalista e ex-vereador Radiovaldo Costa. Carmo - que também é ex-legislador e filho do ex-prefeito da cidade e jornalista Judélio Carmo - conta com apoio da federação (PT, PV e PCdoB). Entre os entusiastas da pré-candidatura figura o ex-prefeito e atual deputado federal Joseildo Ramos (PT), que governou a cidade entre 2001 e 2008.

 

Já na oposição, o nome mais forte é o do ex-prefeito Paulo Cézar, recentemente filiado ao União Brasil - partido que já integrou quando era PFL e depois DEM - em evento em Salvador. Participaram do batismo partidário os caciques da legenda, a começar por ACM Neto. Também marcaram presença o prefeito de Salvador Bruno Reis e o deputado federal Paulo Azi, parlamentar que tem base em Alagoinhas.

 

Nas circunstâncias atuais, Paulo Cézar, de 66 anos, se beneficia do desgaste natural da gestão do prefeito Joaquim Neto [que está no final da reeleição] representada por Gustavo Carmo. Um apoio de última hora para Cézar pode vir do atual vice-prefeito Roberto Torres, que rompeu com Joaquim Neto e se filiou ao PDT. O motivo da cizânia foi a discordância pela preferência por Gustavo Carmo. Bahia Noticias

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