O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que o ex-presidente Jair Bolsonaro explique sua visita à embaixada da Hungria, em Brasília. A Polícia Federal vai investigar qual foi a intenção de Bolsonaro ao passar dois dias no local, após ter seu passaporte apreendido durante a Operação Véritas, que apurava uma tentativa de golpe de Estado.

 

Investigadores querem esclarecer as circunstâncias em que o ex-presidente permaneceu hospedado na representação diplomática entre os dias 12 e 14 de fevereiro para verificar se houve tentativa de fuga. 

Motivação da estadia

Ministros do STF ouvidos de forma reservada pelo Globo veem o caso com cautela, ressaltam que é necessário antes entender a motivação da estadia, mas avaliam que a ida ao prédio pode dar margem a um pedido de prisão preventiva.

 

A passagem, iniciada apenas três horas após ele convocar apoiadores para a manifestação ocorrida em 25 de março na Avenida Paulista, foi revelada por imagens de câmera de segurança obtidas pelo jornal americano The New York Times.


Bolsonaro não pode ser preso em embaixada estrangeira

Alvo de investigações por uma suposta trama golpista e desvio de joias do acervo presidencial e fraude em cartões de vacina, Bolsonaro não poderia ser preso dentro de uma embaixada estrangeira, uma vez que prédios consulares são protegidos por convenções internacionais e não estão ao alcance das autoridades do país.


Horas após o jornal americano revelar que o ex-presidente pernoitou na embaixada, Bolsonaro afirmou em São Paulo que costuma comparecer a embaixadas pelo país. Advogados também afirmaram que sua hospedagem foi para "manter contato com autoridades do país amigo".


Após a revelação, o Itamaraty, convocou o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, que evitou responder a maioria das perguntas, segundo a colunista do GLOBO Bela Megale. Exame / Foto: Carlos Moura/SCO/STF

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