A Conferência do Clima da ONU (COP-27) chega ao último dia hoje sem ter um esboço de um acordo que possa, de fato, ser implementado. Com as negociações travadas, a expectativa de observadores internacionais é de que a conferência avance pelo sábado ou até a madrugada de domingo.

O financiamento para que os países em desenvolvimento possam enfrentar as mudanças climáticas é o ponto mais sensível. Está definido desde a COP de Copenhagen, em 2009, mas que nunca saiu do papel. Pelo acordo, os países desenvolvidos deveriam chegar a 2020 com um fundo internacional constituído de US$ 100 bilhões anuais para as nações em desenvolvimento.

O último levantamento da OCDE, no entanto, aponta que esse valor não ultrapassou os US$ 83 bilhões. "Ainda assim contando todas as fontes, públicas e privadas e os mais diferentes programas e algo pouquíssimo transparente", diz Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas - plataforma que reúne empresas de tecnologia, ONGs e universidades -, e observador das negociações em Sharm El-Sheik.

O fato de o fundo nunca ter sido implementado da forma prevista agrava o problema, pois agora as negociações avançam para definir os valores que deveriam ser fornecidos anualmente a partir de 2025. Pelo plano original, US$ 100 bilhões seria o valor doado a cada ano entre 2020 e 2025.

Depois disso, a doação deveria crescer. Em sua passagem de três dias por Sharm El-Sheik o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, abordou o tema em seu primeiro discurso para a comunidade internacional. Segundo ele, que se colocou como representante dos países em desenvolvimento, já passou da hora de os países desenvolvidos cumprirem com o prometido.  Leia mais no uol / Foto ONU

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