A senadora Simone Tebet (MS) foi confirmada nesta quarta-feira (27) como candidata à Presidência da República pelo MDB, em uma convenção virtual marcada por críticas contra a ala que divergiu da candidatura e boicote de estados como Alagoas e Paraíba, que apoiam o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, Tebet foi aprovada pela federação PSDB-Cidadania. Os dois partidos se uniram em uma federação para disputar as eleições, por isso devem obrigatoriamente atuar como uma sigla só, por pelo menos quatro anos, período em que devem se manter unidas.

A senadora já havia sido apontada em maio como candidata de MDB, PSDB e Cidadania na corrida presidencial, mas precisava ser chancelada pelas convenções nacionais dos partidos. Emedebistas ligados ao senador Renan Calheiros (AL), que defende o apoio ao petista, chegaram a entrar na Justiça para tentar impedir a realização da convenção desta quarta (27), atacando o formato adotado, por videoconferência. Renan e outros senadores fizeram pressão para tentar esvaziar a convenção.

O fraco desempenho de Tebet nas pesquisas eleitorais tem sido um impasse para definir os rumos da candidatura. A senadora não decolou nos levantamentos, oscilando na faixa de 1% a 4% das intenções de voto.Os tucanos esperavam que ela subisse para definir o candidato a vice na chapa. O principal cotado era o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que na terça-feira (26) afirmou que a definição depende de conversas internas. Com a incerteza sobre Jereissati na chapa, o nome das senadoras Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA) passaram a ser cogitados.

Pesquisa Datafolha divulgada em junho, por exemplo, mostrou que Simone Tebet estava em quinto lugar na corrida, com 1% das intenções de voto. Ela vem atrás de Lula, que lidera com 47%; Jair Bolsonaro, com 28%; Ciro Gomes (PDT), com 8%; e André Janones (Avante), com 2%. A pesquisa ouviu 2.556 entrevistados, tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022.

Em função das projeções, alguns setores do partido de Tebet defenderam, nos últimos meses, que o MDB não lançasse candidatura própria à Presidência, em apoio a Lula já no primeiro turno. Nexo Jornal / Foto: Roque de Sá/Agência Senado / Fotos Luiz Cervi - MDB Nacional


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