De acordo com o autor do pedido, desde que
anunciada, a CPI vem ganhando apoio parlamentar e da opinião pública, mesmo sob
forte pressão da Coelba, que estaria tentando esvaziar a investigação. “Quando
apresentei o pedido, 31 colegas me apoiaram. Hoje, já são 39 assinaturas ao
requerimento, 18 a mais que o mínimo necessário”, declarou o parlamentar.
Outro apoio comemorado por Tum é o do presidente
da Alba, deputado Adolfo Menezes, que já reconheceu a existência de um incômodo
generalizado dos deputados com a Coelba. O precedente criado pela decisão do
ministro Roberto Barroso, da Suprema Corte, ao decidir pela abertura da CPI da
Covid, no Senado, reforça a confiança na instalação. Na oportunidade, Barroso
reconheceu que a CPI é um instrumento da minoria parlamentar e que independe da
vontade do chefe do poder.
Nos bastidores, parlamentares afirmam que a
empresa vem costurando uma reunião fechada para debater o assunto, o que gerou
críticas de Tum.
Nas justificativas para abertura da CPI, o
deputado cita a pouca transparência na composição dos preços cobrados aos
baianos, além dos "prazos e custos nas solicitações de ligação, exigindo,
sobretudo dos grandes consumidores, valores milionários para viabilizar o
fornecimento de energia".
Além disso, questiona a falta de um plano de
expansão da rede, o que tem inviabilizado novas ligações elétricas do programa
Luz para Todos e a implantação de grandes empreendimentos, que poderiam estar
gerando emprego, renda e impostos na Bahia.
O deputado Tum lembra que, somente nos
primeiros quatro meses de 2021, a Coelba registrou lucro líquido de 10 bilhões
de reais. No entanto, a companhia segue liderando o ranking de reclamações do
Procon e é mal avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Do Metro1 /