A Justiça Eleitoral da 129ª Zona Eleitoral em Catu, no Recôncavo baiano, acatou o pedido do Ministério Público Eleitoral que em uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), ajuizada pela promotora eleitoral Anna Karina Senna, solicita a cassação do diploma e, consequentemente, do mandato do prefeito Narlison Borges Sales (PTB) e do seu vice-prefeito, José Nardison de Sales (PTB).
Pequeno
Sales, como é conhecido, venceu as eleições municipais em 2020 com 52,41% dos
votos válidos contra 45,62% do segundo colocado, o candidato André Marques
(PSD).
Na
época, o MPE acusou Pequeno Sales de realizar atos de campanha presenciais, o
que gerou aglomeração de pessoas, ocasionando riscos. “Algo inaceitável e que
não pode ser tolerado pela Justiça Eleitoral”, disse a promotora.
O
órgão informou ainda que, ao tomar conhecimento das realizações dos atos de
campanha para promoção da sua candidatura, em descumprimento às normas vigentes
na Bahia acerca da política de combate à pandemia da Covid-19, chegou a
realizar reuniões de conscientização e expediu recomendações ao comitê do
prefeiturável.
“É
forçoso reconhecer que os acionados ultrapassaram, reiteradamente, todos os
limites toleráveis, praticando condutas manifestamente contrárias ao
ordenamento jurídico-eleitoral, ao propagarem de forma ilícita suas
candidaturas, às custas da aglomeração de pessoas em plena pandemia, quando o
isolamento social ainda se impunha, em flagrante demonstração de abuso de
poder, desacreditando a Justiça Eleitoral e as autoridades sanitárias”, afirma
o texto da peça.
Por
fim, a promotora pede, além da cassação do diploma do prefeito e vice de Catu,
a declaração de inegibilidade de ambos para os próximos oito anos.
Em seu despacho, o juiz eleitoral Fabio de Oliveira Cordeiro determinou que Pequeno Sales e Dr. Nardson, como é conhecido, se manifestem sobre as acusações. Informações, A Tarde / Foto reprodução