A Justiça Federal em São Paulo proibiu nesta quinta-feira (29/04) que o governo de Jair Bolsonaro faça campanhas, em qualquer meio de comunicação, para promover o chamado "tratamento precoce" contra a covid-19, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.


Na decisão em primeira instância divulgada nesta sexta-feira, a juíza Ana Lúcia Petri Betto, da 6ª Vara Cível Federal de São Paulo, ordenou que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) se abstenha de patrocinar propaganda que "contenha referências" a fármacos de eficácia duvidosa no combate ao novo coronavírus, como a cloroquina, defendida publicamente por Bolsonaro inúmeras vezes.


Na decisão, da qual cabe recurso, a juíza também exigiu que os influenciadores digitais contratados pelo governo Bolsonaro para promover o tratamento precoce se retratem nas suas redes sociais. A magistrada atendeu a um pedido, via Ação Civil Pública.


A juíza também impediu que o executivo utilize em suas peças publicitárias expressões como "tratamento precoce" e "kit covid", que abrange uma série de medicamentos anunciados pelo executivo federal como uma espécie de cura para a doença.


Além da cloroquina, também figura nessa lista de medicamentos promovidos pelo governo o vermífugo ivermectina, cuja venda disparou durante a pandemia. Informações, DW / Foto: Marcos Corrêa/PR


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