Mesmo dando o aval ao ministro da
Economia, Paulo Guedes, sobre a recriação da
nova CPMF (imposto sobre transações), o presidente Jair Bolsonaro disse
que ouvirá o povo sobre a implementação do novo imposto.
“Eu falei para ele [Guedes],
quando for apresentar a vocês, botar os dois lados da balança. Se o povo não
quiser, não vou falar nem do Parlamento, porque nós e o Parlamento somos
subordinados ao povo. Se o povo acha que não deve mexer, deixa como está”,
disse o presidente.
Bolsonaro confirmou que não haverá aumento na carga tributária,
tendo como escape a possibilidade de redução do tributos que as empresas pagam
sobre a folha salarial.
Paulo Guedes tenta convencer
o mandatário do executivo a mandar para o Congresso Nacional o projeto com a
possibilidade de aumento de isenção do Imposto de Renda da pessoa física, hoje
em R$ 1,9 mil por mês.
O presidente disse que caso o
novo imposto seja inserido nos tributos dos brasileiros, será necessário que o
governo reduza a carga. As explicações de Bolsonaro foi dada a jornalistas na
região nobre da capital federal, em uma padaria.
“Pode ser o imposto que você quiser,
você tem que ver por outro lado o que vai deixar de existir. Se vai diminuir
através de imposto de renda, se vai aumentar isenção, se vai exonerar folha de
pagamento, se vai também acabar com o IPI”, disse.
No mês de julho, o governo federal
encaminhou uma proposta de reforma tributária ao Congresso. O governo deseja
fazer a fusão do PIS/Confis em um imposto único, chamado CBS (contribuição
sobre bens e serviços).
A polêmica que cerca a recriação do
imposto é um dos entraves para que o projeto seja efetivado. A principal peça
da oposição contra a CPMF é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-RJ). Com informações do portal UOL / brasil 123 / Foto: Alan Santos /PR