O Superior Tribunal de
Justiça (STJ) condenou hoje (6) o governador do Amapá, Waldez Góes, a seis anos
e nove meses de prisão pelo crime de peculato, além da perda do cargo. Por
maioria de votos, a Corte Especial entendeu que o governador desviou valores de
empréstimos consignados de servidores para custear despesas do governo.
A perda do
cargo deverá ocorrer apenas após o trânsito em julgado da condenação. Como cabe
recurso contra a decisão, o governador deve continuar no cargo.
De acordo com
a acusação, o suposto crime teria ocorrido entre 2009 e 2010, durante o
primeiro mandato de Goés na chefia do Executivo local. Segundo o Ministério
Público Federal (MPF), os valores que eram descontados dos servidores deveriam
ser repassados aos bancos credores e não poderiam ser usados para financiar a
máquina pública.
Em nota à
imprensa, a defesa do governador reiterou a inocência de Waldez Góes e afirmou
que não houve desvio de recursos públicos. De acordo com os advogados, outros
acusados no processo foram absolvidos das mesmas acusações.
"A vida
administrativa do Amapá segue normalmente, sem prejuízo do exercício do cargo.
O governador tem a certeza de que sua inocência será provada, como aconteceu na
Primeira Instância e no Tribunal de Justiça do Amapá, os quais decidiram
absolver os demais co-réus que respondiam pelo mesmo fato – o governador apenas
respondeu junto ao STJ pela posição que ocupa", disse a defesa. Agenciabrasil
/ Foto Antonio Cruz/ Agência Brasil