Pressionado por corporações de juízes, procuradores e policiais para vetar o projeto abuso de autoridade, o presidente Jair Bolsonaro vive um dilema. Interlocutores próximos avaliam que o presidente pode optar por uma decisão "salomônica", com vetos parciais. Nesta quinta-feira (15), Bolsonaro afirmou que vai consultar os ministros. 

A pressão mais forte neste momento é de um veto parcial para poupar os policiais das regras aprovadas. "O policial está na rua. Não fica em gabinetes. É preciso tomar decisões no calor dos acontecimentos", disse ao blog o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (GO), argumentando que essa legislação poderia inibir a ação de policiais.

Mas associações de juízes e procuradores também iniciaram um movimento de pressão junto ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Isso porque quando Moro atuava como juiz federal, já tinha se posicionado contra os pontos de interpretação subjetiva do projeto que tramitava no Senado. Investigadores e juízes alertam que isso pode frear a ação desses agentes no combate ao crime.

Ao mesmo tempo, há uma forte mobilização nas redes sociais para que haja o veto total de Bolsonaro ao projeto. "Há uma pressão pública intensa dos apoiadores do presidente Bolsonaro. Mas o governo também reconhece que houve uma grande mobilização dos deputados pela aprovação dessa lei. Esse é o dilema do presidente Bolsonaro", ressaltou ao blog um auxiliar palaciano. g1 / Foto: Marcos Corrêa/PR


Poste um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem