O projeto do presidente
Jair Bolsonaro que flexibiliza o porte de armas de fogo pela população é
rejeitado por 70% dos brasileiros, conforme pesquisa do Datafolha realizada
entre os dias 4 e 5 de julho. Segundo o levantamento, a rejeição ao porte é
maior entre as mulheres, chegando a 78%, pretos (74%), pardos (72%) e indígenas
(82%).
A rejeição à
medida também é alta entre a parcela mais pobre da população, chegando a 75%
entre os que possuem renda familiar mensal de até dois salários mínimos e 70%
entre o grupo que ganha até dez salários mínimos mensais.
Segundo a pesquisa,
publicada pelo jornal Folha de S.
Paulo, a exceção fica entre os apoiadores do PSL, partido de
Bolsonaro, onde 72% dizem apoiar a flexibilização do porte de armas de fogo,
além dos empresários (55%) e dos que avaliam o governo Jair Bolsonaro como bom
ou ótimo (52%). A pesquisa do Datafolha ressalta, ainda, que a Região Sul
concentra o maior número de pessoas favoráveis ao porte de armas (38%). Já o
Nordeste é Região onde o projeto encontra menos apoio (23%).
Ainda
conforme o Datafolha, a rejeição à posse de armas de fogo variou de 64% a 66%
desde abril, alcançando o maior patamar numérico no período de seis anos. O
percentual dos que afirmaram que a posse de armas para autodefesa “deverão ser
um direito do cidadão” passou de 34% para 31% entre abril e julho deste
ano.
O Datafolha
ouviu 2.086 em 130 cidades brasileiras. A margem de erro da pesquisa é de dois
pontos percentuais, para mais ou para menos. Fotos: Marcos Corrêa/PR