Dotados de canhão de 105 mm, os
carros custariam, aproximadamente, 100 milhões de euros – equivalentes a 100,14
milhões de dólares, ou a 372,5 milhões de Reais.
Não é a primeira vez que essa
oferta é feita.
No primeiro semestre de 2001,
um Centauro foi transportado até o Rio de Janeiro, para ser avaliado, na
Restinga da Marambaia, por especialistas do Centro de Instrução de Blindados
(que, atualmente, funciona na cidade gaúcha de Santa Maria).
Aquela época, o valor unitário
de um Centauro (com armamento completo) estava na faixa dos 2,5 milhões de
dólares, mas, dependendo de sua configuração, poderia chegar até os 3,5 milhões
de dólares.
Como em qualquer operação comercial, a eventual importação dos
Centauros pelo Exército Brasileiro (EB) traria aspectos positivos e negativos.
O blindado italiano é tido
(inclusive nos Estados Unidos) como um dos melhores veículos em sua categoria.
E de desempenho comprovado em teatros de operações considerados “quentes”, como
Iraque, Somália (onde operou com reforços de blindagem que aumentaram seu peso
para 28/29 toneladas), Líbano e a antiga Iugoslávia.
Uma viatura que se desloca à
velocidade máxima de 108 km/h, carregando em seu interior 40 projetis de 105
mm: 14 alojados na torre e 26 encaixados em prateleiras verticais junto aos
casco.
Imagem reprodução |
Nações Unidas – Com ele em seus Regimentos de Cavalaria Mecanizada (hoje
equipados com viaturas de reconhecimento Cascavel e de transporte de tropa
Urutu), a Força Terrestre estaria apta a montar uma tropa de Força de Paz à
altura de outras, fornecidas por países-membros da Otan (Organização do Tratado
do Atlântico Norte), que atendem, rotineiramente, as necessidades do
Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas.
Há, contudo, alguns aspectos
que figuram como entraves, além do valor a ser desembolsado pelo Tesouro.
Em 2017 o EB, devido a uma crítica falta de recursos, interrompeu
o seu próprio planejamento de obtenção de uma viatura blindada de combate,
tração 8×8.
O programa ganhou impulso após
o bem-sucedido desenvolvimento do blindado 6×6 Guarani, fabricado pela Iveco
italiana em Minas Gerais. Diante da decisão de usar o chassis de um Guarani no
veículo, os militares brasileiros passaram a examinar as diferentes torres de
blindados sobre rodas disponíveis no mercado. Foi, porém, nesse estágio, que os
trabalhos precisaram ser desacelerados.
Centauro II e Centauro I |
Calibre – O projeto brasileiro
prevê um blindado equipado com canhão de105 mm.
Sete meses atrás, o Exército
italiano encomendou à sua indústria um pequeno lote de veículos Centauro II, de
30 toneladas, que vão ostentar canhão de 120 mm, encaixado em uma torre
redesenhada (mais larga mas de menor altura que a do Centauro B1).
Na última semana de julho de 2018, o portal de notícias
militares Defense News divulgou
que os generais da Itália definiram em 136 o número total de viaturas a ser
adquirido.
Os russos já experimentam
canhões de 125 mm em seus blindados rápidos, sobre rodas.
A empresa francesa Nexter
admitiu que testa um canhão de 140 mm no carro de combate AMX-56 Leclerc, de
54,5 toneladas,e a alemã Krauss Maffei Wegmann estaria avaliando a conveniência
de testar uma arma de 130 mm em seus carros de combate Leopard 2.
Com informações, Roberto
Lopes – Forças Terrestres