Começou a era Bolsonaro nos livros didáticos que são distribuídos a milhões de adolescentes de 11 a 15 anos no país (6º a 9º ano): pelas novas regras, estão censuradas todas as referência à violência contra a mulher, à promoção da cultura quilombola e dos povos do campo; as ilustrações dos livros não podem mais retratar "a diversidade étnica da população brasileira, a pluralidade social e cultural do país"; os livros não precisam mais conter referências bibliográficas; está liberada a publicidade de produtos e empresas; acaba também a garantia de qualidade dos livros, o item que dizia que a obra deveria “estar isenta de erros de revisão e /ou impressão” foi retirado.

As mudanças estão no edital para os livros didáticos que serão entregues em 2020 lançado pelo Ministério da Educação em 2 de janeiro e estão em consonância com a diretriz do governo Bolsonaro e do ministro da Educação, , Ricardo Vélez Rodriguez, de atender às demandas do movimento Escola Sem Partido, de extrema-direita e com forte conotação fundamentalista. 

Ao mesmo tempo, a nova regra indica que o governo estará a serviço das empresas. A vedação à publicidade nos livros escolares atendia, até agora a determinação do do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente por ser considerada abusiva, segundo informa o jornalista Paulo Saldaña, na Folha de S.Paulo (aqui). Foto Adival B. Pinto/ Arquivo JCS (28/06/2013)


Poste um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem