Ex-procurador-geral da
República, Rodrigo Janot declarou, na noite deste sábado (27/10), voto em Fernando
Haddad (PT) para presidente da República. “Não posso deixar
passar barato discurso de intolerância”, escreveu em sua conta no Twitter. O
jurista ocupou o cargo na PGR entre 2013 e 2017, escolhido pela ex-presidente
Dilma Rousseff (PT).
Janot afirma ter sido chamado
de petista, antipetista, pessedebista e antipessedebista nos últimos anos, mas
que, embora a especulação sobre seu “interesse eleitoreiro e atuação
profissional, nada se comprovou”. O voto no petista, no entanto, ocorrerá por
exclusão, disse Janot.
Nos últimos anos, Janot se
destacou nos trabalhos da Operação Lava Jato. De acordo com dados referentes ao
segundo período de Janot na Procuradoria, que comandou de 2013 a 2017, na área
criminal foram feitos 242 pedidos de abertura de inquérito, 98 pedidos de busca
e apreensão, de interceptações telefônicas e quebras de sigilo bancário e 66
denúncias foram enviadas à Justiça. Na época em que deixou o comando da PGR, em
setembro de 2017, Janot afirmou: “A esperança ainda triunfa nesta casa.
Valeu a pena para mim cada minuto de labuta, e até de sofrimento”.
Neste sábado, outro
importante ex-membro do judiciário brasileiro declarou
apoio ao petista. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Joaquim
Barbosa disse que Bolsonaro “inspira medo” e, portanto, votaria
em Haddad.|metropoles / MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL