Vítimas do forte
terremoto e do tsunami que atingiram a ilha indonésia de Sulawesi começaram a
ser enterradas em vala comum nesta segunda-feira (1º). As buscas por
sobreviventes continuam em Palu e Donggala, as áreas mais devastadas. Enquanto
a ajuda humanitária não chega, o país enfrenta uma onda de saques.
O último balanço oficial indica que 844
pessoas morreram após o terremoto de 7,5 graus que teve seu epicentro na região
de Palu e provocou o tsunami, na sexta-feira (5). O desastre também deixou 540
feridos e 16.732 deslocados.
As autoridades temem
um número muito maior de vítimas, pois grande parte da região afetada permanece
inacessível.
A ONU estima que 191 mil pressoas
precisam de ajuda imediata no país. O governo indonésio já lançou um apelo à
comunidade internacional pedindo ajuda humanitária.
Carros amassados,
edifícios reduzidos a escombros, árvores no chão e postes de energia elétrica
derrubados demonstram a amplitude da tragédia.
As autoridades continuam os trabalhos
de busca e resgate de sobreviventes e vítimas, enquanto técnicos trabalham para
restabelecer os serviços básicos. O esforço para que alimentos cheguem até a
área mais afetada é uma das prioridades.
"Não temos muita comida. Só conseguimos pegar
o que estava em casa. E precisamos de água potável", disse à AFP Samsinar
Zaid Moga, uma moradora de 46 anos de Palu.
A maior parte das vítimas foi registrada em Palu,
cidade de 350 mil habitantes, na costa oeste, segundo a Agência Nacional de
Gestão de Desastres. Mas as autoridades e diversas ONGs também estão
preocupadas com a situação na região de Donggala, mais ao norte.|g1 / Foto: Adek Berry/AFP