O deputado federal
Nelson Pelegrino (PT) avaliou que a guerra de decisões sobre a prisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou que houve “jogo combinado”
para o petista ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Foi uma
revelação, para mim. Mostrou que desde o impeachment de Dilma se estabeleceu um
cenário de absoluta insegurança jurídica. Isso está prejudicando tudo,
inclusive investimentos interno e externo. O Supremo tem culpa nisso, porque
não corrigiu. Os tribunais também não. E cada um faz o que quer, interpreta
como quer”, afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole.
Para o
parlamentar, caso Lula seja proibido de disputar as eleições, nomes como o do
ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ativista Guilherme Boulos (PSOL) e a deputada
Manuela D’Ávila (PCdoB) podem substitui-lo. “Ou Lula volta redentor ou terá um
papel decisivo nessa eleição. Continuo otimista em relação às forças
progressistas, mas não me deixa no conforto de achar que está resolvido”,
ressaltou.
Para ele,
deve haver uma renovação na política brasileira, que pode ser maior do que no
pleito de 2014.
“Na
última eleição tivemos renovação de 40%, acho que pode haver um pouquinho mais
que isso. Concordo em parte com Jutahy [Magalhães Júnior]. A eleição afunilou
muito em função do financiamento de campanha, que acabou o privado, e os novos
para galgar vagas vão ter uma certa dificuldade. A renovação poderá ser menor
que pensada”, pontuou.|metro1