
De acordo
com os dados da Datafolha, Lula ganharia contra todos os adversários propostos
tanto no primeiro quanto no segundo turno, aparecendo com até 37% de intenção
de voto. Ainda segundo informações da pesquisa, embora o deputado Jair
Bolsonaro (PSC) lidere em um cenário que não tenha Lula como candidato, o
ex-presidente ainda exerce forte impacto como influenciador de votos. No caso
de ser efetivamente impedido de participar das eleições, um candidato indicado
por ele seria apoiado “com certeza” por 27% do eleitorado e 17% das pessoas
afirmaram que considerariam essa indicação na hora do voto.
Condenação
Ainda em
entrevista, Joseildo fez duras críticas à atuação do Poder Judiciário durante o
julgamento do ex-presidente Lula, condenado em segunda instância pelo TRF-4 no
último dia 24 de janeiro. “A Justiça está se sobrepondo, sem limites e sem
controle social, aos demais poderes. A política está judicializada. Não estou
falando isso para defender o meu presidente, estou falando por ele e pelos
outros”, argumentou.
Para o
parlamentar, apesar dos “méritos incontestáveis da Operação Lava-Jato”, a
Justiça demonstrou desrespeito à Constituição brasileira ao condenar Lula por
um motivo diferente daquele apresentado na denúncia original do Ministério
Público Federal, e por permitir a continuidade do processo, uma vez que o
próprio juiz Sérgio Moro explicitou em sua sentença nunca ter sustentado a tese
original de que a propina adveio de verbas oriundas dos contratos da Petrobras.
“Quando você condena por algo diferente da peça acusatória, o julgamento está
inválido porque isso restringe o direito da ampla defesa. Mas o corporativismo
dos desembargadores demonstrou que o poder judiciário do Brasil tem sido
bastante criativo, inaugurando condutas não previstas no ordenamento jurídico.
Algo que, inclusive, recebeu posicionamento crítico até da ONU”, afirmou.[Ascom/Joseildoramos - Foto reprodução]