A maioria dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu há pouco manter decisão
individual do ministro Teori Zavascki que determinou a suspensão das
investigações da Operação Lava Jato sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Com a decisão, a parte da investigação que envolve Lula continuará no
STF e não poderá ser conduzida por Moro.

Em seu
voto, Zavascki defendeu as investigações da Lava Jato, mas disse que elas devem
sere feitas dentro da lei para evitar anulações. Para o ministro, Moro não
poderia ter divulgado as conversar por envolver a presidente da República,
cargo que tem foro por prerrogativa de função na Corte.
"Para
o Poder Judiciário, sobretudo para o Supremo Tribunal Federal (STF), é
importante que tudo isso seja feito com estrita observância da Constituição
Federal. Eventuais execessos que se possa cometer, com a melhor das intenções
de apressar o desfacho das investigações. Nós já conhecemos esta história. Já
vimos esse filme. Iso pode reverter justamente o resultado contrário. Não será
a primeira vez que por força de cometimento de ilegalidades no curso das investigações,
STF e o STJ anularam procedimentos criminais.",
AGU
O
advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, elogiou hoje (31) a
atuação do juiz federal Sérgio Moro na condução da Operação Lava Jato, mas
disse que a decisão do juiz em autorizar a divulgação dos áudios entre Lula e a
Dilma ofendeu a Constituição e a legalidade vigente.
"Na
medida em que alvos interceptados se comunicaram com a presidenta da República,
com ministros de Estado e com parlamentares não poderia sua excelência Sérgio Moro
ter feito qualquer consideração sobre esta matéria, sob pena de clara de
usurpação de competência desta Suprema Corte", argumentou Cardozo.|agenciabrasil