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| Em protesto, rodoviários param ônibus em vários pontos de Salvador | (Romildo de Jesus/Futura Press/Folhapress) |
A decisão dos rodoviários do Rio ocorreu no mesmo dia em
que duas capitais – Salvador, na Bahia, e São Luís, no Maranhão – ficaram sem
ônibus. Em São Paulo, onde a população enfrentou o caos nos transportes na
semana passada, com a paralisação dos onibus, há agora risco de greve dos
metroviários. Em Fortaleza, no Ceará, rodoviários também ameaçam parar. A
categoria realizará uma assembleia no sábado, para definir a adesão à greve.
Em
Salvador a situação é complexa. Assim como ocorreu no Rio de Janeiro, o sindicato
que representa a categoria fechou acordo com o sindicato patronal, mas o
contrato firmado não agradou aos motoristas e cobradores, que deflagraram greve
nesta terça-feira. Os rodoviários afirmam que foram impedidos de entrar na
assembleia para participar da votação sobre o acordo, ocorrida segunda-feira.
A realização da greve à revelia dos representantes legais
aumenta o temor das autoridades de Salvador, que receberá no próximo dia 13 o
jogo entre Espanha e Holanda, no estádio da Fonte Nova. Além de dificultar a
negociação entre patrões e profissionais, o afastamento do sindicato prejudica
a atuação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), capaz de mediar negociações
apenas entre sindicatos.
Na terça-feira, a Justiça do Trabalho determinou que ao menos
70% dos ônibus voltem a circular em Salvador, nos horários de pico, sob pena de
multa diária de 100.000 reais. A multa, no entanto, é destinada ao Sindicato
dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado da Bahia (Setps), que não
liderou a greve e não tem, a princípio, condição de determinar o retorno dos
profissionais ao trabalho. veja
