Eduardo Campos transformou o primeiro turno da disputa
presidencial numa espécie de semifinal, na qual ele disputa com Aécio Neves o
direito de travar contra Dilma Rousseff o jogo decisivo. O presidenciável do
PSB concluiu que, para se manter vivo na competição, precisa tomar distância do
amigo do PSDB. Sob pena de fazer o papel de “linha auxiliar” do tucanato.
Graças a esse entendimento, endossado por Marina Silva,
Aécio tornou-se o principal alvo da primeira fase da disputa presidencial.
Campos ainda não o chamou de “espectro fantasmagórico” ou de “fantasma do
passado”, como fizeram Dilma Rousseff e o PT. Mas já chegou muito perto disso.
Nas suas andanças pelo país, o presidenciável do PSB também se refere a Aécio
como uma espécie de pretérito imperfeito.
Em recente viagem à cidade baiana de Vitória da Conquista,
Eduardo Campos disse a uma plateia de estudantes que sua tarefa, hoje, é fazer
“o Brasil enxergar na prateleira das escolhas presidenciais uma opção que seja
capaz de, efetivamente, mudar o Brasil.” Ao enumerar as alternativas
disponíveis na gôndola, ele resumiu o que pensa sobre cada candidatura.
A respeito de Dilma, declarou: “Quem quiser manter o
Brasil na situação que está, com inflação em alta, crescimento em baixa, juros
lá em cima, toda sorte de coisa errada, já tem em quem votar. É só manter o
governo que está aí.”
Sobre Aécio, afirmou: “Quem tiver saudade do passado, de
um tempo em que o povo brasileiro não era olhado como devia, um tempo em que o
Nordeste não crescia como precisava crescer, que não tinha atenção, quem tiver
saudade desse passado também já tem em quem votar.”
E sobre si mesmo: “Quem está indignado, quem deseja
preservar as conquistas que tivemos nos últimos anos, da contenção da inflação
à possibilidade de a gente cuidar das diferenças do Brasil, [...] aí a gente
quer ser a opção.” Veja AQUI
