Protagonista de
um dos principais fatos políticos da recente história do Brasil, o senador
alagoano Fernando Collor de Mello (PTB-AL), alvo de impeachment no Congresso
Nacional, aparece como um dos beneficiários de uma espécie de “banco
clandestino” operado pelo ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, preso na operação Lava
Jato, da Polícia Federal. Na agenda de Costa
apreendida pelos policiais veio à tona uma contabilidade financeira paralela envolvendo
políticos e, para a surpresa dos investigadores, o recibo de um depósito
bancário de 8.000 reais em favor de Collor. A revelação está na edição de VEJA desta semana, em reportagem de Rodrigo Rangel e
Hugo Marques.
Os
valores, ainda que quase simbólicos, intrigam os policiais principalmente após
documentos da Lava Jato terem apontado que a Investminas, empresa controlada
por Pedro Paulo Leoni Ramos, secretário de Assuntos Estratégicos no próprio
governo de Fernando Collor, também já havia feito um pagamento de 4,3 milhões
de reais para a consultoria de Paulo Roberto Costa. Para os policiais, Collor
seria mais um dos beneficiários de uma central de distribuição de propina a
políticos dos mais diversos partidos. veja