Numa tentativa de evitar uma derrota no Congresso, o Planalto aposta na base aliada do Senado para segurar o veto da presidente Dilma Rouseff ao projeto que abre caminho para a criação de mais de 180 novos municípios no país.

A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) se reuniu por mais de três horas nesta terça-feira (18) com líderes aliados da Câmara e ouviu que, entre os deputados, a derrubada do veto é dada como certa.

Ideli afirmou que o governo não vai contabilizar uma eventual derrubada do veto como derrota porque o tema não é partidário, mas envolve as bases de cada congressista. A ministra afirmou que o governo não vai enviar um projeto ao Congresso propondo uma regra alternativa ao projeto. Ela disse que há parlamentares da base que estão articulando uma saída, mas que a iniciativa não será diretamente do governo.

Para que um veto seja derrubado, Câmara e Senado precisam votar contra a presidente. Se o Senado mantiver o veto, ele permanece valendo mesmo que os deputados tenham número para derrubá-lo.

O projeto altera regras para a criação, fusão e desmembramento de municípios – que hoje somam 5.570 no país. Segundo dados da Frente Parlamentar de Apoio à Criação de Novos Municípios, a proposta deve permitir em curto prazo a formação de até 188 novos municípios que cumprem as novas regras impostas pelo Congresso, entre os que serão emancipados, desmembrados ou mesmo criados.


Aprovada no ano passado, a proposta cria indiretamente cerca de 30 mil cargos públicos no país. O governo estima impactos de R$ 9 bilhões mensais aos cofres públicos – tendo como base o número de prefeitos, vice-prefeitos, servidores das prefeituras, vereadores e funcionários das Câmaras Municipais com o cálculo de salário médio de R$ 3.000. Folha

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