Ex-presidente Fernando Henrique
conta como procurou convencer Partido dos Trabalhadores a apoiar o Plano Real;
"Chamei Lula e Zé Dirceu ao meu apartamento", disse; "Conversei
com sindicalistas, eles entendiam, mas iam para a imprensa atacar. Era
mentira"; para ele, "não se constróe nada no isolamento. O líder que
age sozinho não é líder", definiu; hábil, falando de improviso, FHC
lembrou que o Real "é o único plano que não está nessa situação",
referindo-se a litígio sobre correção da poupança que corre no STF; campanha
tucana à Presidência ganha eixo econômico nítido; "Houve infiltração
partidária na maquina pública"
Falando de improviso, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o principal orador das sessão
solene no Senado em homenagem aos 20 anos do Plano Real. "Fiz de tudo para
convencer o Partido dos Trabalhadores, mas não deu", lembrou ele sobre a
implantação do plano, entre 1993 e 1994. "Chamei o Lula e o Zé Dirceu no
meu apartamento para explicar o plano para eles, mas eles me perguntavam se eu
acha que o PSDB teria candidato para derrotar o favorito deles, que era o
Lula", recordou.
Fernando Henrique, da tribuna,
afirmou que quando muitos reclamam da economia é porque "algo está
desengonçado". Ele afirmou que "estamos chegando ao momento em que
algo é preciso ser feito, mudar". Para ele, "o mundo percebeu que
está começo de uma nova fase, mas aqui dentro estamos olhando para ao passado.
Achamos que é possível continuar isolados, no plano sul-sul".
"Chegou o momento de uma
nova palavra, mais jovem, para mostrar ao país quais são os problemas",
atalhou ele, na direção do senador Aécio Neves, sentado na Mesa.
"Com 30 partido e 39
ministérios, não dá mais", atacou o ex-presidente. "Não dá
mais".
O PSDB divulgou em seu site,
nesta terça-feira 25, um vídeo sobre a história do plano real, destacando a
"herança bendita de FHC". Assista abaixo:
