O Tribunal Superior Eleitoral decidiu ontem que o ex-prefeito de
Paulínia (SP) Edson Moura (PMDB) agiu dentro da lei ao manobrar para
eleger em seu lugar Edson Moura Júnior (PMDB), seu filho, na eleição de
2012.
Na prática a decisão do TSE cria jurisprudência e abre brecha para que
políticos com a ficha suja coloquem parentes na última hora como
candidatos. Essa fórmula foi revelada pela Folha em 13 de fevereiro último.
De acordo com dados apurados pela Folha, em pelo menos 33 cidades
candidatos que corriam o risco de ser barrados pela Lei da Ficha Limpa
em 2012 desistiram em cima da hora e elegeram filhos, mulheres e outros
familiares.
Em alguns casos, os nomes e fotografias dos fichas-sujas continuaram
sendo exibidos nas urnas eletrônicas, mas os votos foram computados para
as pessoas que os substituíram como candidatos.
A situação em Paulínia se repetiu em outras cidades. Edson Moura foi
condenado duas vezes pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por
improbidade administrativa. Mesmo assim, conseguiu disputar a eleição
por força de uma liminar a seu favor.Leia mais na Folha