Não há dúvidas de que o emprego de aviões comerciais como mísseis contra duas das estruturas mais altas do planeta teriam como consequência ataques mortais e disseminação do pânico. Mas uma série de erros dos construtores e das equipes de resgate, antes e durante os atos contra o World Trade Center (WTC) no 11 de Setembro, potencializaram enormemente os efeitos dos atentados - que não foram frustrados por erros de inteligência e do governo e também tiveram como alvo o Pentágono e um avião que caiu na Pensilvânia.
É como se o destino dos 2.753 mortos no WTC, principalmente as quase 1.950 vítimas que estavam nos andares diretamente atingidos pelos aviões ou acima deles, tivesse sido selado um pouco mais de quatro décadas antes dos atentados.
Falhas na disposição das escadas de emergência, na estrutura do prédio, na resposta do governo a ameaças de ataques e no treinamento dos bombeiros e policiais para o caso de uma tragédia são alguns dos elementos que aumentaram a capacidade mortal dos atentados terroristas do 11 de Setembro.
Três perguntas simples: (1) as torres podiam realmente absorver o impacto de um avião em pleno voo?; (2) o sistema anti-incêndio dos prédios mais altos do país era adequado?; (3) havia saídas de emergência suficientes nos edifícios?
Segundo o ex-chefe dos bombeiros de Nova York Vincent Dunn, especialista em incêndios em prédios altos, com mais de 43 anos de experiência em sua área, as respostas para essas perguntas são: não, não e não. “Caso os ataques tivessem sido contra edifícios como o Empire State ou o Chrysler, os prédios não teriam implodido daquela forma”, afirmou Dunn ao iG.
http://ultimosegundo.ig.com.br/11desetembro/projeto+de+torres+gemeas+contribuiu+para+mortes+no+11+de+setembro/n1597192291128.html