O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, realiza obras em que operários trabalham em condições degradantes. Fiscais do Ministério do Trabalho e procuradores do Ministério Público do Trabalho flagraram, em São Paulo, pessoas em alojamentos superlotados, sem ventilação e com problemas de higiene e saneamento. A maioria é formada por nordestinos, que realizam a migração histórica para o sudeste à procura de emprego. A Folha de S. Paulo flagrou, em visita aos locais, colchões ou beliches construídos com madeira da própria obra ao lado de botijões de gás e rede elétrica. Os operários são contratados por cerca de R$ 990, metade da promessa do que receberiam. "Eles chegam com a promessa de ganhar R$ 2 mil, são registrados por R$ 900 e acabam tirando R$ 500 porque [o empreiteiro] desconta o valor da passagem", afirma Francisco da Silva, diretor do sindicato em Campinas.