Em 1981, Silvio Santos inaugurou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), apostando em uma programação voltada para a população de baixa renda. A estratégia caiu nas graças do público que se encantou com atrações comandadas por sujeitos como Gugu Liberato, Raul Gil, Moacyr Franco, J. Silvestre e Flávio Cavalcanti.

Com o SBT, Silvio batalhou espaço na disputa pela audiência com outras emissoras, ganhando projeção com os programas “Qual é a Música”, “Porta da Esperança”, “Em Nome do Amor” e “Programa do Bozo”, com o palhaço e sua turma formada pelo Papai Papudo, vovó Mafalda, Kuki e Salci Fufu. “O Silvio é um comunicador. Além de ser dono, ele vai pra frente da televisão, participa dela”, disse Marcelo Médici. “Ele está no nosso consciente coletivo, faz parte da história do brasileiro”, falou sobre a carreira do apresentador e empresário.

Para André Vasco, a receita do sucesso de Silvio está na sua versatilidade com o público. “Ele tem o dom de falar pra todas as idades e todas as classes sociais. Sua eloqüência e dicção são suas características marcantes”, disse o apresentador. E Médici salientou. “Ele tem o maior prazer, age como um menino quando está na frente das câmeras. É tudo de coração. Não consigo imaginá-lo mal humorado gravando um programa”.

Silvio é, de fato, um ícone da televisão brasileira. Com sua suposta saída, deixaria seu público órfão nos quatro cantos do país e os domingos perderiam a alegria e a plateia mais feminina do Brasil. “Silvio fez escola. Impossível não admitir isso”, afirmou Médici. E agora, Silvio?


Poste um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem