Fênix


Do chão eleva-se a grandeza,
O ultimo gole da tua quimera.
É meu destino! Galopa ventania
Nos corredores sombrios da fortaleza
E nesta espada teu sangue derrama
A dor da glória..., e da tua fraqueza
Adeus! Única voz que declama!

Do chão eleva-se a garra do destino
Galgando a mascara da insanidade.
Cala-te voz sombria! Asas a liberdade
Ao vôo cego do ínfimo, derradeiro atino.
Quando a minha mão tosca despencar
Os teus seios... esboços... os afino...
E com as mesmas, teu semblante mimar.

Do chão eleva-se a chama da história.
Na garganta cruel, borbulha meu amor.
Ainda calo-me nesta nevasca. Oh flor!
Oh minhas acácias que viram a glória,
O rochedo brusco da crepitante desilusão.
Nem mesmo a garça das minhas vitórias
Aplaudiram o vôo da tua conspiração.

Do chão eleva-se o laço da esperança
De um dia poder te encontrar. Em mim
Sufoca o teu aroma – essência de jasmim.
Da ninfa resvalam perfumes as tranças
Inebriando toda a matéria que passa.
E do campo onde surgem amargas lanças
Vem o amor - envolve, machuca e passa!

Ronaldoleite

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