Crise da escolha do candidato a vice na chapa do tucano José Serra, que culminou com a escolha do desconhecido Indio da Costa (DEM), acendeu a discussão sobre o papel do vice-presidente da República. Qual a sua real importância? Os partidos trabalham com a hipótese do vice virar presidente ou usam a vaga de vice apenas para barganhas políticas?

A História mostra que o papel do vice pode ser bem mais importante do que parece. Durante os mais de 120 anos de República, sete vices assumiram a cadeira da Presidência após renúncias, mortes e impeachment do titular (confira a galeria). Essa conta não leva em consideração as substituições temporárias, por licença ou viagens ao exterior por parte do titular. Desde a redemocratização do país, em 1985, o Brasil teve cinco presidentes, sendo que dois deles eram originalmente vices. Nos últimos 25 anos, só Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva completaram os mandatos para os quais foram eleitos. As atribuições do vice-presidente também mudaram nas diferentes constituições (confira no quadro).

Quando não há substituição definitiva do titular, porém, o papel dos vices nos governos ainda é tímido: “Depende da relação com o presidente. Se houver uma relação de confiança, ele pode ter algum papel no governo. Se for uma relação distante, a tendência é o vice cair no ostracismo”, diz o cientista político Carlos Ranulfo, professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Esse pode ser o futuro de vices que mal conheciam seus candidatos antes de serem escolhidos para consolidar uma aliança.


Fonte - http://colunas.epoca.globo.com/bocadeurna/#post-229

Poste um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem