Família do político baiano lançará a pedra fundamental de um antigo sonho ao assinar o estatuto do Instituto Antonio Carlos Magalhães de Ação, Cidadania e Memória (IACM)


Três anos após a morte do senador Antonio Carlos Magalhães, a família do político baiano lançará a pedra fundamental de um antigo sonho ao assinar o estatuto do Instituto Antonio Carlos Magalhães de Ação, Cidadania e Memória (IACM), espaço que está sendo erguido para homenagear o baiano. A cerimônia acontece hoje, às 11h, após a missa que será realizada na Igreja da Vitória, às 9h.

Voltado para a formação de gestores públicos e privados, o IACM será inaugurado em 4 de setembro, data em que ACM completaria 83 anos. O instituto será sem fins lucrativos e não terá vinculação política. Abrigará um museu com fotografias, vídeos, áudios de discursos e objetos pessoais do senador, cedidos por sua família, e terá também uma biblioteca com 4 mil livros de seu acervo pessoal.

“O objetivo é que o instituto seja um espaço apartidário, onde todos tenham acesso a informações sobre ACM”, explica Renata de Magalhães Correia, neta e uma das idealizadoras do projeto. Segundo ela, sua a vó, dona Arlette Magalhães (viúva do político), foi a grande motivadora do instituto, junto como senador Antonio Carlos Júnior e o deputado ACM Neto.

Dona Arlette será a presidente de honra do IACM, que será localizado no Pelourinho, bairro que foi revitalizado por ele em 1990. “O desenvolvimento cultural do estado também é um de nossos focos”, conta Renata. Por meio de parcerias com a iniciativa privada, estão sendo programados cursos e palestras para estudantes do ensino médio e superior.

“Queremos discutir assuntos importantes da vida política soteropolitana”, completa o senador ACM Júnior, diretor-presidente da entidade. De acordo com ele, um dos objetivos do projeto é reunir um acervo que seja fonte de informações sobre a vida política de ACM. “Ele foi uma figura importantíssima, e um histórico sobre sua vida é também um histórico sobre a política do Brasil”, assinala.

No Brasil, há muitas entidades e associações que homenageiam líderanças e políticos de notoriedade, como a Fundação Mário Covas, o Instituto Fernando Henrique Cardoso, a Fundação Luis Eduardo Magalhães e o Instituto Presidente João Goulart.

O poder da atração (Jairo Costa Júnior)
Polêmico, conhecido pelo temperamento forte e intransigente quando o assunto era a política, sobretudo em defesa da Bahia, Antonio Carlos de Peixoto Magalhães, ou simplesmente ACM, tinha algo que só é comum aos homens de intenso carisma: a capacidade de funcionar como um ímã, de atrair a atenção de personalidades das mais diversas esferas, da religião ao esporte, do teatro à música, mesmo que elas não comungassem com suas posições ideológicas. casarão abrigará acervo do politico, localizado no Pelourinho.

Tal capacidade fazia de ACM uma referência para artistas, atletas, líderes religiosos e políticos de várias partes do mundo. Até sua morte, em 20 de julho de 2007, recebia com frequência, na Bahia ou em Brasília, figuras acostumadas aos holofotes, seja para ouvir uma reivindicação, seja apenas para receber o apoio durante as disputas eleitorais ou em momentos de crise.

A lista de celebridades é grande, mas uma amostra do seu poder de atração pode ser vista abaixo: Paulo Gracindo, Fernanda Montenegro, o papa João Paulo II, Mãe Menininha do Gantois, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Dorival Caimmy, Zico, Bell Marques, o 007 Roger Moore, Jorge Amado, Gonzagão, Irmâ Dulce, Carlinhos Brown, Gal Costa, Dona Canô e Baby Consuelo formam apenas uma pequena parcela das centenas de figuras que dialogaram com o baiano nas suas mais de cinco décadas dedicadas à vida pública.














Fonte - http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-2/artigo/tres-anos-apos-a-morte-do-senador-acm-familia-do-politico-baiano-lanca-pedra-fundamental/

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