O Brasil saiu da crise econômica antes de outros países, mas, do ponto de vista da cultura, continua quase um deserto. A avaliação é de Cristovam Buarque (PDT-DF), que conclamou os senadores a voltarem sua atenção para esse problema. O que sempre aparece, observou ele, é o produto interno bruto (PIB) do país e não aspectos ligados à cultura como, por exemplo, o número de livros lidos.

O senador defendeu medidas de incentivo direto à cultura, como a redução do preço dos livros e a criação de mais bibliotecas. Também pediu a implantação de projetos já aprovados pelo Congresso, a exemplo da Cesta Básica do Livro, do Vale- Cultura e da escola em tempo integral.

Cristovam lembrou que o Congresso decidiu, durante sessão em homenagem ao Dia da Cultura na última quinta-feira, realizar uma vigília em prol da cultura. Em sua avaliação, a deficiência em termos de acesso à cultura reflete-se na "alma" dos brasileiros, contribuindo para a falta dos valores de solidariedade, para a elevação da corrupção e o aumento da violência.

Segundo dados do Ministério da Cultura citados pelo senador, apenas 13% dos brasileiros frequentam cinema uma vez por ano; 92% nunca foram a um museu; 93,4% jamais frequentaram uma exposição de arte; 78% nunca assistiram a um espetáculo de dança; 82% não possuem computador em casa; 95,6% dos gastos familiares vão para bens não culturais e 90% dos municípios não possuem uma única sala para qualquer atividade cultural. Além disso, os brasileiros leem apenas 1,8 livro por ano, enquanto na Colômbia esse percentual é duas vezes maior e, na França, seis vezes superior.

Fonte: Jornal do Senado de segunda-feira, 9 de novembro.

1 Comentários

Amanda Pereira disse…
Olá,

Vc visitou meu blog e perguntou se era uma parte do escrito, na verdade não, mas penso em continuá-lo. :)

Obrigada pela visita!

Bjs,
Amanda.
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