SÃO PAULO - Os brasileiros têm um prejuízo de cerca de R$ 350 milhões por ano devido ao problema de falta de troco, revelou pesquisa conduzida pelo professor de Finanças Públicas da UnB (Universidade de Brasília), José Matias-Pereira.
A perda de dinheiro por pessoa com a falta de troco é em média de R$ 2 por ano, sendo menor para quem usa cartões e cheques nas transações. Além disso, o número de pessoas que transacionam espécie e moedas no Brasil é de cerca de 170 milhões. A pesquisa foi realizada pela internet e por meio de aplicação de questionários em pontos públicos da cidade de Brasília há um mês.
O prejuízo é maior para a população de menor renda, que é a que usa mais dinheiro em espécie em suas transações. "Se quem ganha um salário mínimo perde R$ 0,10 por dia só no transporte público, vai perder R$ 36 por ano e 7,8% do salário anual", disse Matias-Pereira.
O problema
De acordo com o professor, o problema ocorre no Brasil porque os preços estão muito fracionados, o que é usado como estratégia de marketing. Em vez de cobrar R$ 11 de um consumidor, o comerciante pratica o preço de R$ 10,99, por exemplo. Na hora de dar o troco, porém, o comprador recebe uma bala.
"Isso tem um impacto psicológico. Mesmo que o valor seja insignificante, o consumidor se sente enganado: ou por não ter o troco ou por ter algo que ele não gosta", explicou o professor, que caracterizou a prática como enriquecimento ilícito, o que agrava a distribuição de renda no Brasil.
"O Estado já deveria ter criado há muito tempo um sistema para abastecer o mercado, que não é um favor, é uma obrigação. Ele deixa um vazio por não colocar para a população que as perdas causam muito impacto e por não incentivar a população a usar as moedas".
Banco Central O Banco Central anunciou, na quarta-feira (9), que irá fazer trocas com bancos e comerciantes para aumentar a circulação de moedas metálicas e de notas de R$ 5 e R$ 2.
As cédulas de R$ 2 e R$ 5 são as que mais se desgastam, em função da intensa circulação. Em relação às moedas, o hábito de deixá-las guardadas, chamado de entesouramento, faz com que, em algumas regiões brasileiras, os comerciantes reclamem da dificuldade para fornecer o troco.
O BC afirmou que tem estoque suficiente para as trocas, já que encomendou 2 bilhões de moedas a mais para 2009, volume 56% superior ao do ano passado. No caso das cédulas, em 2009, houve aumento de 67% na produção das de R$ 2, passando de 420 milhões para 700 milhões. A produção de cédulas de R$ 5, por sua vez, passou de 255 milhões no passado para 400 milhões este ano, uma alta de 57%.
A perda de dinheiro por pessoa com a falta de troco é em média de R$ 2 por ano, sendo menor para quem usa cartões e cheques nas transações. Além disso, o número de pessoas que transacionam espécie e moedas no Brasil é de cerca de 170 milhões. A pesquisa foi realizada pela internet e por meio de aplicação de questionários em pontos públicos da cidade de Brasília há um mês.
O prejuízo é maior para a população de menor renda, que é a que usa mais dinheiro em espécie em suas transações. "Se quem ganha um salário mínimo perde R$ 0,10 por dia só no transporte público, vai perder R$ 36 por ano e 7,8% do salário anual", disse Matias-Pereira.
O problema
De acordo com o professor, o problema ocorre no Brasil porque os preços estão muito fracionados, o que é usado como estratégia de marketing. Em vez de cobrar R$ 11 de um consumidor, o comerciante pratica o preço de R$ 10,99, por exemplo. Na hora de dar o troco, porém, o comprador recebe uma bala.
"Isso tem um impacto psicológico. Mesmo que o valor seja insignificante, o consumidor se sente enganado: ou por não ter o troco ou por ter algo que ele não gosta", explicou o professor, que caracterizou a prática como enriquecimento ilícito, o que agrava a distribuição de renda no Brasil.
"O Estado já deveria ter criado há muito tempo um sistema para abastecer o mercado, que não é um favor, é uma obrigação. Ele deixa um vazio por não colocar para a população que as perdas causam muito impacto e por não incentivar a população a usar as moedas".
Banco Central O Banco Central anunciou, na quarta-feira (9), que irá fazer trocas com bancos e comerciantes para aumentar a circulação de moedas metálicas e de notas de R$ 5 e R$ 2.
As cédulas de R$ 2 e R$ 5 são as que mais se desgastam, em função da intensa circulação. Em relação às moedas, o hábito de deixá-las guardadas, chamado de entesouramento, faz com que, em algumas regiões brasileiras, os comerciantes reclamem da dificuldade para fornecer o troco.
O BC afirmou que tem estoque suficiente para as trocas, já que encomendou 2 bilhões de moedas a mais para 2009, volume 56% superior ao do ano passado. No caso das cédulas, em 2009, houve aumento de 67% na produção das de R$ 2, passando de 420 milhões para 700 milhões. A produção de cédulas de R$ 5, por sua vez, passou de 255 milhões no passado para 400 milhões este ano, uma alta de 57%.
Fonte - Bol Noticias