O
ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu nesta sexta-feira (16) que a
aprovação da reforma da Previdência não garante o "desbloqueio" do
orçamento da educação e assumiu que a pasta ainda teve que retirar R$ 926
milhões do orçamento para pagar emendas de parlamentares que votaram a favor a
reforma da Previdência.
Ele
admitiu ainda que tal remanejamento representa sim, um corte. "Isso não
foi feito aqui. É um corte, esse que você descreveu é sim um corte",
afirmou o ministro, após questionamento feito por jornalistas da Folha. "São emendas parlamentes, para
projetos específicos, aí foi um corte. Não foi um corte da minha caneta".
O corte
equivale a 16% do total já bloqueado pelo MEC neste ano. No total, foram
destinados R$ 3 bilhões do orçamento do governo para pagar emendas
parlamentares, negociadas para a aprovação da reforma da Previdência.
O
valor atinge setores como a manutenção da educação infantil, concessão de
bolsas na educação superior e básica e apoio ao funcionamento de instituições
federais de ensino. Fotos: Luis Fortes/MEC