Baianos nascidos em 2017 tinham a expectativa de viver, em média, até os
73,7 anos, o que corresponde a 73 anos, 8 meses e 12 dias, conforme cálculo do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta
quinta-feira (29).
Isso corresponde a dois meses e 12 dias a mais que as pessoas nascidas
em 2016 no estado, cuja expectativa de vida era 73,5 anos (73 anos e 6 meses).
Apesar do aumento, a esperança de vida ao nascer dos baianos se manteve a 11ª
mais baixa do país e menor que a média nacional, que é de 76 anos.
Os dados são resultados das Tábuas Completas de Mortalidade 2017 do IBGE.
O instituto informou ainda que as mulheres vivem 9 anos mais do que os homens,
já que em 2017 a expectativa de vida ao nascer dos homens era de 69, 3 anos, e
das mulheres 78,4 anos.
O instituto detalhou ainda que a esperança de vida ao nascer dos homens
baianos também aumentou, passou de 69 anos em 2016 para 69,3. Já a esperança de
vida ao nascer das mulheres baianas subiu de 78,2 anos em 2016 para 78,4 anos.
Conforme aponta o IBGE, no país como um todo e em todos os estados, as
mulheres têm uma esperança de vida ao nascer maior que a dos homens.
A Bahia se manteve, em 2017, como o segundo estado com a maior diferença
na esperança de vida ao nascer entre homens e mulheres (9,2 anos), um pouco
menor apenas que a verificada em Alagoas (9,6 anos) e significativamente maior
que a média nacional (7,1 anos).
Todos os estados nordestinos têm diferenças entre as esperanças de vida
ao nascer de mulheres e homens maiores que a do Brasil como um todo.
Outro dado importante divulgado pelo IBGE é que entre 1980 e 2017, a
chance de uma pessoa da Bahia de 60 anos chegar aos 80 cresceu quase 90%
(+88,5%), e mais da metade dos idosos (573 a cada mil habitantes) passaram a
ter essa possibilidade de viver mais.
Mortalidade infantil
A pesquisa do IBGE aponta que, em 2017, na Bahia, a cada mil crianças
nascidas vivas estima-se que 16,6 morriam antes de completar 1 ano de idade. O
índice é a 8ª maior taxa de mortalidade infantil do país e significativamente
superior à média nacional (12,8 por mil).
A mortalidade das crianças menores de 1 ano é um importante indicador
das condições socioeconômicas de uma região. Mesmo estados com taxas baixas
para a média brasileira, como Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Rio
Grande do Sul e São Paulo (todos com menos de 10 mortes por mil nascidos
vivos), ainda estão muito longe das taxas encontradas nos países mais
desenvolvidos do mundo, informou o instituto. |g1/ Foto: Dalton Soares/TV Bahia