Agora está tudo explicado. O convite ao juiz Sérgio Moro para ser
o que quiser no futuro governo Bolsonaro é o reconhecimento público pelos bons
serviços prestados ao candidato da extrema-direita e que foram decisivos para
sua eleição. Talvez mais que as fake news impulsionadas por WhatsApp.
Moro foi seu grande cabo
eleitoral não só por centrar fogo no PT desde o início da Lava Jato – se a
apuração fosse imparcial as investigações na Petrobrás deveriam ter começado
pelos governos do PSDB - mas por tirar das eleições o seu principal adversário.
Como se vê agora, só
Lula era capaz de derrotar o capitão. Estivesse solto, a julgar pelo ritmo das
pesquisas, venceria no primeiro turno, de lavada.
O empenho de Moro em prender
Lula sem provas, num processo que não resiste a uma análise jurídica séria,
quando liderava as pesquisas eleitorais, depois impedir a concretização do
habeas corpus que o libertaria e finalmente divulgar trechos de uma delação de
Antônio Palocci com acusações genéricas a Lula sem provas às vésperas do
primeiro turno tinham o objetivo que somente agora ficou explícito: eleger
Bolsonaro.
Muita gente achava que
ele só queria destruir Lula, mas não era apenas isso: ele queria eleger, pela
primeira vez na história do Brasil, um candidato que reza pela mesma cartilha
política que ele, enquanto vendia ao distinto público a ideia de que era uma
cruzada pela honestidade na política, pela salvação nacional, pela esperança de
um novo sol raiar no horizonte.
As camisas pretas que
costuma usar não deixam dúvidas quanto às suas preferências políticas.|Informações do brasil247